terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cega e Muda

A Lua finalmente minguou. Tudo que era belo e iluminado fez seu curso natural e se fez feio e escuro. Me recolho a meu destino traçado como filha de Celeste, a ser a senhora da dor e redenção por ela. Ao meu querido Barna, deixo a amargura de me amar e ser amado, mas também a lição de que tudo tem um fim. Se o amo? a Mulher em mim sim, perdidamente, a ponto de tentar me matar, a mim, Shide, princesa Unseelie, para garantir a eternidade em seu abraço. Mas não permitirei. Meu trono ao lado de minha mãe é muito mais antigo do que ele, milênios antes que ele pensasse em nascer eu já existia.
Ele fraquejou, mas foi forte ao se levantar e buscar as areias do tempo, no mesmo feitiço de sangue que me libertou da maldição a resposta para o amor moribundo que eu fiz questão de cultivar apenas para que o glamour me mantivesse neste mundo o suficiente para cultivar o poder necessário para ir para casa e retornar em breve, com meus irmãos faéricos.
Adeus meu príncipe sangrento. Foram muitas noites de prazer e felicidade, mas um dia, tudo termina.E nossa história termina aqui. Entrego meu corpo mortal as amarras que tanto me agradam e ele estará assim, inerte até o dia do inverno final. Até lá, talvez eu ainda consiga aquecer meu coração para você, por hora, cruzar meu caminho será sua sentença de morte. Eu te amo.

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